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Sónia e Jorge interpretam Pancho

Está patente desde quarta-feira, 23 de Janeiro, no Auditório do Edifício-Sede do BCI, em Maputo, a abertura da exposição “PANCHO: Outras formas e olhares”, dos artistas Sónia Sultuane e Jorge Dias.

A exposição é uma abordagem que os dois autores fazem sobre a obra arquitectónica e artística do arquitecto Pancho Guedes. Sónia Sultuane, apresenta um conjunto de trabalhos feitos com diferentes materiais, tais como contraplacado, azulejos, madeira, pintura e vidro. Descodifica as formas arquitectónicas de Pancho Guedes. Jorge Dias apresenta uma instalação com diferentes materiais, num processo acumulativo de formas e pequenas peças de artesanato, onde o tema central é a abordagem artística de Pancho.

“Sempre que passava por aqui [edifício-sede do BCI, em Maputo] dizia para comigo: Um dia hei-de fazer uma exposição não só para aqueles que estão dentro como para aqueles que estão fora. Esse sonho hoje concretizou-se. Olho para estas obras e penso que se não existissem estes vidros teríamos aqui os edifícios do Pancho”, referiu Sónia Sultuane, na cerimónia de abertura.

Na mesma ocasião Jorge Dias afirmou que a grande motivação residiu “na relação que o Pancho estabeleceu entre os lugares e a cultura de Moçambique. Esta exposição não é uma discussão sobre arquitectura mas pretende revelar o trabalho extraordinário que Pancho executou aqui em Moçambique. É um exercício de reflexão sobre a criação e o que são os conceitos da arte.”

Para o presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Paulo Sousa, com ‘Pancho: outras formas e olhares’ Sónia Sultuane e Jorge Dias regressam em grande a uma casa que conhecem muito bem. “Esta é uma boa oportunidade de lhes dizermos: Que bom tê-los de volta!” E acrescentou: “Não é comum neste mesmo espaço termos diferentes formas de arte, como a arquitectura e a instalação. Este é um bom exemplo de como formas distintas de arte podem conviver bem. Este é um momento de recordarmos um conjunto de obras extraordinárias de Pancho Guedes, fundamentalmente projectadas nos anos 50 e 60 do século passado. Por aqui verificamos também que Pancho era um apaixonado pelos objectos de escultura ligados à cultura africana e isso é visível na forma como as integrava nas suas obras.”

Refira-se que a mostra ‘Pancho: Outras formas, outros olhares’, poderá ser vista, com entrada livre, até ao dia 16 de Fevereiro.

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