Sala de Imprensa

Álvaro Carmo Vaz estreia-se com ‘Um rapaz tranquilo’

‘Um rapaz tranquilo: memórias imaginadas’ é o título da obra da autoria de Álvaro Carmo Vaz, lançado na tarde desta segunda-feira, dia 15 de Abril, no auditório do edifício sede do BCI, em Maputo.

Segundo referiu Calane da Silva, o apresentador da obra, “as memórias para mim não são imaginadas, como te referes no título da obra, mas de um rigor de factos e datas, de episódios e sentimentos, que nos levam a percorrer várias décadas da história de um país nascido à beira Índico. Um país de sal e lágrimas, de feridas antigas e recentes, de paixões e conflitos, desenhado pela geografia da fome mas também pela riqueza ilícita de egos inflamados”.

Para o apresentador, a obra de Carmo Vaz “é um contributo assaz pertinente e importante para compreendermos melhor um tempo e uma comunidade de pessoas e famílias marcadas pela assunção de se ser ou querer ser português e pelas clivagens ideológicas e identitárias de se sentir e de se querer ser moçambicano.” A terminar saudou “a coragem da abordagem deste tema de pluralidades ideológicas e identitárias de retrato e análise de bons e maus momentos por que passou o país e suas gentes, de antes e depois da conquista da independência. Um tema tratado com minúcia e sem rodeios o que também mostra fibra e carácter do próprio autor empírico.”

Antes disso, o Administrador do BCI – instituição que apoiou a edição do livro – José Furtado, havia dado as boas vindas, referindo que “temos a alegria de festejar o surgimento de um romancista que nos presenteia com o seu rico e belo testemunho de vida.”

Coube ao autor a última intervenção da tarde. Carmo Vaz explicou porque resolveu publicar ‘Um rapaz tranquilo’: “As memórias estavam a perder-se achei que valia a pena deixar um testemunho. Fui pesquisando e escrevendo, valendo-me do que tinha vivido e lido, recorrendo sobretudo às histórias dos meus amigos que fui ouvindo ao longo de décadas e que fui entesourando. Alguns deles tiveram a generosidade de falar comigo especificadamente para o livro e estou-lhes muito grato.” Depois, concluiu: ‘Um rapaz tranquilo’ é a minha tentativa de homenagear uma geração de jovens que se entregou por inteiro e um ideal sem pedir nem querer nada em troca. Uma geração a que eu gostava de chamar de Geração da Utopia, como Pepetela intitulou um seu belo romance.

Recorde-se que a obra, com mais de 400 páginas, tem a chancela da editora Marimbique.

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