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BCI participa no Economic Briefing da CTA

Foi realizado na 4a feira (23), o Economic Briefing, uma iniciativa promovida pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que teve lugar este ano na cidade de Nampula. O evento serviu para a CTA apresentar a VI edição do Relatório do Índice de Robustez Empresarial referente ao 4º trimestre de 2021, um documento de monitoria sobre as tendências da actividade empresarial em Moçambique. Para além do Presidente da CTA, Agostinho Vuma, destacou-se ainda a participação do Governo e da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, num fórum que reuniu 70 participantes em sala e outros de forma virtual.

Baseando-se nos dados do Instituto Nacional de Estatística, a Directora Central Adjunta da Direcção de Mercados Financeiros do BCI, Farhana Razak, que fez parte do painel, afirmou que a actividade económica de Moçambique cresceu 3,32% no quarto trimestre de 2021, em termos homólogos, consubstanciando um crescimento acumulado de 2,16% no ano.

Farhana Razak apresentou um cenário favorável a médio e longo prazo: “O nível de procura que temos tido de pagamentos para fazer ao estrangeiro e o nível de oferta ou de conversões que estão a ser feitas, muito também resultante daquilo que é a retoma da actividade e de algum investimento directo estrangeiro que tem estado a entrar, permite manter o mercado cambial estável” – disse.

Quando questionada sobre o prémio de risco, indicou que representa o risco de mercado, incluindo o risco sistémico, de crédito e de liquidez. E apresentou os indicadores: “Temos o indicador do próprio risco do país. Quanto melhor for o risco do país, menor será esse rácio. Temos o indicador do risco de crédito, que é o rácio do crédito vencido na carteira do país, portanto do sistema incluindo o crédito abatido ao activo”. E explicou: “Quanto mais crédito vencido tivermos, no sistema financeiro, quanto mais crédito abatido ao activo tivermos no sistema financeiro, maior será o prémio de risco. E depois há uma terceira componente que é a questão da liquidez, onde temos as reservas obrigatórias. Daí que, em Setembro do ano passado, apesar de o Banco de Moçambique não ter reduzido a MIMO, reduziu as reservas obrigatórias, o que teve logo a seguir como impacto a redução do prémio de risco e da prime rate do sistema em 30 pontos.”

Já na recta final da sua intervenção, como perspectiva económica, Farhana Razak destacou os principais factores que podem condicionar o desempenho da economia a curto prazo, nomeadamente, “primeiro, as incertezas quanto ao crescimento económico a nível global; segundo, o aumento dos receios em torno de uma pressão sobre as despesas publicas, decorrente das necessidades dos sectores da saúde, associado à estratégia de combate à propagação da COVID 19 e de defesa e segurança do país, na sequência da instabilidade na zona norte, bem como a ocorrência de choques climáticos; e, terceiro, a evolução do preço das mercadorias (principalmente, carvão, gás e petróleo) no mercado internacional, reflectindo significativamente na Balança Comercial do país e, consequentemente, sobre a disponibilidade de divisas no mercado nacional” – conclui Farhana Razak.

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