Sala de Imprensa

BCI acolhe a mostra “O Grito de um Planeta Plastificado”

Está patente, desde segunda-feira (9), no Auditório do BCI, em Maputo, a exposição intitulada “O Grito de um Planeta Plastificado”, da Cooperativa de Educação Ambiental Repensar. Alguns dos quadros expostos resultam das oficinas ambientais realizadas por membros dos grupos ambientais da organização, que operam em cerca de dez escolas do país. Trata-se de obras de pintura e de artesanato com base em materiais reutilizáveis, recolhidos na natureza, em particular nas praias, tais como garrafas de vidro, plásticos, tampas, isqueiros, seringas, entre outros.

Na cerimónia de abertura, o representante do BCI, Heisler Castelo David, referiu que esta mostra “traz uma das questões vitais da actualidade: a necessidade de preservação do meio-ambiente, realçando questões como a elevação de comportamentos ecologicamente responsáveis, dando-se ênfase a temáticas como a poluição marinha, protecção e conservação da biodiversidade, poluição atmosférica e degradação de solos” – disse, salientando que “ao acolhermos esta exposição, fazemo-lo, não só pelo carácter imprescindível desta acção em prol da defesa do meio-ambiente, mas pela urgência de agir contra os males que enfermam o meio em que vivemos, e para que esta e as próximas gerações usufruam dos benefícios de uma vida sã”.

Já o director da Repensar, Carlos Serra, referiu que a sua instituição desenvolve as suas actividade essencialmente em torno do princípio ‘Zero Waste’ (desperdício zero). “O que estamos a fazer nesta abordagem é influenciar algo que tem de acontecer o mais depressa possível” – disse. Particularizou o caso de catadores “sujeitos a percorrer contentores misturando lixo, à procura de alguma coisa para comer ou para vender, uma situação infelizmente muito triste e lamentável”. E acrescentou: “temos de aprender a ver o lixo como material. O que nós fazemos todos os dias está errado, porque basicamente, estamos a adiar”. Serra referiu especificamente que é importante entender “a necessidade de separar o orgânico do não orgânico, de isolar o húmido do seco. Quando fizermos isso, o seco vai ter muito mais aproveitamento e o húmido vai certamente influenciar a mudança, no sentido de compostagem e de valorização energética. Porque estamos a deitar infelizmente fora a riqueza essencial ao solo.”

Refira-se que a exposição, com entrada livre, poderá ser vista até ao dia 20 de Maio.

Voltar ao Topo

Sugestões para si