Lançamento da obra ‘Deus em Mim’ de Armaya

Foi lançada, na quinta-feira, 25 de Agosto, em Maputo, a obra literária ‘Deus em Mim’, de Armando Nhumaio, poeta moçambicano conhecido por Armaya. O livro, cuja apresentação esteve a cargo do escritor Fernando Absalão Chaúque, integra a colecção Xikalavitu da Editora e Tipografia Prelo Clássico.
Segundo o Director de Relações Públicas do BCI, Heisler David, “olhando para o percurso de Armaya, algo salta à vista, como é o caso das viagens que efectuou ao longo da sua vida, nomeadamente a saída de Maputo a Alto-Molócue (Zambézia), no quadro do seu processo de formação e também da viagem imaginária da poesia para a música, da música para o jornalismo radiofónico, passando pelo associativismo juvenil até chegar ao teatro” – disse, acrescentando que “é um percurso que o terá ajudado a moldar uma forma de estar na literatura, e sobretudo a desenvolver uma escrita fundamentada na espiritualidade, como um exemplo de superação”. Sublinhou ainda o papel do BCI, no apoio que dá à cultura, em particular às artes e letras, ajudando a revelar novos autores, como é o caso de Armaya.
Já o próprio autor da obra agradeceu todo o apoio que recebeu, explicando que este é um livro de resgate, numa tentativa de trazer algo que se perdeu. Assegurou que para além de abordar a temática do divino, a obra faz uma incursão por outros trilhos do dia-a-dia.
Igual posicionamento tem o apresentador do livro, para quem “esta obra é um objecto complexo”, abarcando temáticas das ‘mundivivências’ e da metafísica. Frisou que Armaya, como poeta, “sai de si e se deixa observar pelo mundo, enquanto este também o observa”. Fernando Chaúque disse, ainda, que “mesmo que o acto de criação seja solitário, como refere no texto da pág. 28 intitulado “Sozinho em casa”, os poetas não vivem em uma bolha. Não são eremitas, trancados em torres de marfim, mas criadores de um universo que nos oferecem para ser compartilhado. Seja sua poesia escrita ou cantada, os poetas exercem um papel indispensável na nossa sociedade”. E rematou: “a criação artística forja vínculos fortes entre os humanos – transcendendo línguas, crenças e culturas. É por isso que a arte pode ser considerada um dos pilares da humanidade”.