O auditório do BCI acolheu, na terça-feira (25), uma palestra sobre o cancro da mama, inserida no conjunto de acções do Banco no âmbito da luta contra a doença e da programação do Outubro Rosa.

O Administrador do BCI, Luís Aguiar, referiu na ocasião que o Banco tem apoiado iniciativas ligadas a esta temática, apontando, entre outros, a contribuição do BCI com vista à realização da conferência sobre o cancro da mama, organizada pela associação Casa Rosa; a mostra fotográfica ‘Delaila’, exibida em Maputo e na Ilha de Moçambique, em que uma jovem mulher teve a coragem de, durante cerca de dez meses, ser fotografada e posteriormente expor as diversas fases do tratamento do cancro da mama, de que padecia; a parceria para a realização da 2ª Conferência Internacional sobre o Cancro da Mama; e o apoio para o lançamento da Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro (APACC).

A palestra foi orientada pela médica Abiba Cassamo, responsável do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Clinicare a qual, segundo referiu a representante da Clinicare, Suneina Kanji, recebia muitos pacientes em estado muito avançado da doença, por falta de diagnóstico atempado. “Então já era um caso em que o medicamento não podia tratar, devendo-se recorrer mesmo à cirurgia, um problema que podia muito bem ser tratado” – disse Kanji.

A Dra. Abiba Cassamo priorizou, na sua intervenção, a incidência, as causas, os factores de risco, os sintomas, as medidas de prevenção, o diagnóstico e o tratamento. “Em Moçambique, 17 mil pessoas morreram vítimas do cancro da mama em 2019, ano em que foram registados 25 mil casos da doença” – alertou. E esclareceu que factores como o género, a idade, a história familiar, a exposição às hormonas, o sobrepeso, a história reprodutiva, o consumo exagerado de álcool, o sedentarismo, o tabaco, muito contribuem para a ocorrência do cancro da mama.

Num outro desenvolvimento, apontou como principais medidas uma alimentação saudável, controlo do peso, exercícios físicos, amamentação, autoexame da mama, mamografia e ecografia, deixando como recomendação a necessidade de a mulher efectuar autoexame da mama uma vez por mês, e de realizar um exame de controlo anual, com vista ao rastreio atempado.