Sala de Imprensa

António Barros publica crónicas no BCI

O Auditório do edifício-sede do BCI esgotou a lotação para acolher, a 9 de Fevereiro, o lançamento do livro ‘Na Cabeça do Velho’, da autoria do jornalista e radialista António Barros.

A obra é uma compilação das crónicas escritas por Barros desde 1978, quando era correspondente da Rádio Moçambique no Chimoio, até aos dias de hoje, que se encontravam dispersas por várias publicações como ‘Diário de Moçambique’, ‘Notícias’, ‘Domingo’, ‘Tempo’ e Rádio Moçambique.

Almiro Lobo, a quem coube apresentar ‘Na Cabeça do Velho’, congratulou o autor por “finalmente ter colocado à nossa disposição este livro. Publicar um livro é assumir riscos, é sair da zona de conforto. Há muito tempo que se justifica a publicação de textos sobre as pequenas coisas da nossa vida. Tenho vindo a insistir, com o António Barros e outros amigos, para começarmos a publicar aquilo que nos lembramos, antes que a amnésia nos convença que não vivemos, tendo em conta que a maioria dos aqui presentes tem mais passado do que futuro.”

O académico referiu depois as várias dimensões da obra: “Os textos revelam uma atitude interventiva, uma espécie de cidadania activa. Os temas são múltiplos. António Barros não se limita a fotografar, a diagnosticar. Sugere soluções, aponta caminhos. Interpela o presente com os olhos postos no futuro. Por coincidência, ou não, algumas dessas soluções tornaram-se realidades. Dois exemplos: a reversão da HCB e a ponte sobre o rio Zambeze em Caia. Estes textos foram escritos para serem lidos em voz alta e para agirem sobre o ouvinte. Reconhecerão em quase todos o tom de quem pretende mudar hábitos, provocar o debate de ideias, induzir a reflexão. Mas é também a importante reflexão que faz sobre o ofício de ser jornalista. Deixa recados úteis aos que, em início de carreira, se comportam como se nada tivessem a aprender com os mais velhos.”

Após a leitura de algumas crónicas do livro e de momentos musicais interpretados por Fernando Luís, António Barros subiu ao palco. E foi visivelmente emocionado que agradeceu a todos os presentes. “O meu pai dizia que maior fortuna de um homem é ter amigos. Confesso: eu sou um homem rico”, começou por dizer o autor. Eu, de acordo com aquela trilogia já posso morrer. Já plantei árvores, tive filhos e agora escrevi este livro. A terminar, destacou o apoio da família e das pessoas que mais o influenciaram na vida profissional, nomeadamente: António Júlio Botelho Moniz, Rafael Benedito Maguni, Manuel Jorge Tomé, Manuel Fernando Veterano.

Maputo, aos 14 de Fevereiro de 2018

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