BCI e parceiros apostam nos agricultores moçambicanos

Foi assinado, há dias, em Maputo, um Memorando de Entendimento entre o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), a Agri-Con e o Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), que visa providenciar o apoio aos agricultores do Programa de Fomento de Sementes de Soja da região da Alta Zambézia, distritos de Gurué e Alto-Molócue.
Como referiu o presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Paulo Sousa, este acordo é de âmbito mais alargado, compreendendo o fornecimento de um pacote tecnológico adequado aos produtores. “Prevê o apoio ao nível das relações comerciais entre os produtores e as empresas interessadas na compra de sementes e grão de soja”. O PCE do BCI afirmou ainda que “ao formalizarmos este protocolo de parceria, estamos a proporcionar aos agricultores e demais parceiros, o acesso a mecanismos e benefícios comerciais e financeiros que se destinam a promover e apoiar iniciativas de agronegócio”. E adiantou: “numa economia como a moçambicana, os desafios que se colocam ao sector agrícola, muitas vezes dependente de factores externos imprevisíveis, são muito exigentes e requerem uma mobilização conjugada de esforços para se poder alcançar o fim a que todos se propõem, com sucesso. Daí que o BCI tenha decidido, desde há alguns anos a esta parte, envolver-se de forma especial no apoio a este sector”.
Para o director geral do ICM, Mahomed Valá, este protocolo vai salvaguardar, em primeiro lugar, toda a gestão do BCI, instituição que tem vindo e continua a apostar num dos sectores mais preponderantes para o desenvolvimento de Moçambique, o qual abarca 70 a 72% da mão-de-obra da população activa que pratica a agricultura. E acrescentou: “é importante que continuemos a pensar em elevar a capacidade dos produtores. Hoje, o trinómio importante para o desenvolvimento do mundo rural moçambicano é: produção, produtividade e competitividade.” Mais adiante, Valá considerou que “o esforço da agricultura tem de ser traduzido em dinheiro na melhoria da vida da população moçambicana. Não é possível fazer agricultura com elevados níveis de padrão seja de quantidade e qualidade, merecedor de um mercado de consumo e outros mercados além-fronteiras, sem pensar numa semente de qualidade”.