Sala de Imprensa

Dimas reencontra-se no BCI

O artista plástico moçambicano, Dimas, expõe, desde terça-feira, 9 de Janeiro, ‘Reencontro de Três Sentimentos’, no Auditório do BCI. A cerimónia de abertura contou com a presença de proeminentes figuras do meio artístico e do Bispo-emérito da Igreja Anglicana, Dom Dinis Sengulane.

Segundo o administrador do BCI, José Furtado, “o BCI congratula-se por mais uma vez estar associado à trajectória de valorização dos artistas moçambicanos, agentes fundamentais na defesa da rica e forte identidade cultural de Moçambique”.

A exposição marca o retorno de Dimas, após se ter afastado da arte por vários anos. A este propósito, o artista plástico João Tinga olhou para a mostra como uma declaração. “Esta declaração é a defesa da melhor forma de viver, de transmitir [algo] às pessoas” – disse e comparou o pintor com um fotógrafo “que nos pode fazer descobrir que afinal a fotografia tem imagens que nós não vemos”; com um poeta, quando “faz aquelas metáforas, aquelas escritas todas que traz, provocando o movimento das árvores, dos pássaros, com a escrita. […] O Dimas pintou a vida quotidiana, a sua infância, a mulher”. E rematou: “o artista é um catalisador positivo. Acelera a forma de ser e de estar do mundo”.

Já o autor, Francisco Magaíza Dimas Júnior, mais conhecido por Dimas no meio artístico, preferiu recorrer a uma citação: “Dizia o seguinte um grande líder pacifista indiano: a prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua. Existem homens presos na rua e [homens] livres na prisão. Por isso continuemos mostrando que a cultura vale a pena com acções concretas.”

Refira-se que esta mostra pode ser vista, com entrada livre, até ao dia 20 de Janeiro.

Maputo, aos 12 de Janeiro de 2018

Voltar ao Topo

Sugestões para si