INCALA vence prémio BCI Melhor PME do Ano

A INCALA, empresa dedicada à indústria de plásticos e de calçado, sedeada em Quelimane, capital da Zambézia, foi a grande arrecadou o prémio BCI Melhor PME do Ano, na 6ª edição do concurso ‘100 Melhores PME’, que teve lugar no dia 21 de Fevereiro, no auditório do edifício-sede do BCI.
O evento, uma iniciativa do Grupo Soico e que conta, desde a primeira hora, com o alto patrocínio do BCI, reuniu, entre outras personalidades, o Ministro de Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, e representantes dos sectores público e privado que trabalham em estreita relação com as PME.
Nesta 6ª edição estiveram inscritas 622 empresas, um incremento praticamente de 50%, em relação ao ano transacto de 2016, o que levou o Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Paulo Sousa, a considerar o concurso “uma iniciativa à prova de bala.” E acrescentou: “Esta evolução é notável. Se estivéssemos a desenvolver um estudo de caso, a querer provar alguma teoria, é que a crise ajuda a aumentar o número de inscrições. Isto é muito bom sinal. As empresas continuam resilientes e a querer mostrar. Muitas delas têm transformado dificuldades em oportunidades. Gostava, por isso, de reiterar o nosso compromisso na aposta no negócio das PME. Todos os anos existem bons projectos, bons negócios, bons empresários, bons empreendedores que merecem continuar a ser apoiados.”
O director-geral da INCALA, Inusso Ismael, começou a sua intervenção com um adágio popular: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, numa alusão ao 5º ano consecutivo que concorria ao prémio. Depois agradeceu a sua a equipa que com ele diariamente trabalha, afirmando que “o prémio é de todos os colaboradores.”
A empresa Xava, LDA e a Bindzu Agrobusiness & Consultoria, LDA, venceram o prémio PME Inovação e PME Inclusão, respectivamente. Paulo Sousa destacou a mudança que se está a operar no mercado, chamando a atenção para as empresas que apostam exclusivamente na distribuição pela internet, como é o caso da Xava. “Nós, BCI, vamos apoiar esses projectos. Muitas PME têm no futuro de abandonar os seus canais tradicionais de distribuição de produtos e começar a apostar em canais alternativos e o E-commerce é seguramente um caminho para muitas delas.”
O PCA do Grupo Soico, Daniel David, agradeceu o facto de os parceiros continuarem a acreditar no projecto. “Os últimos três anos foram muito difíceis para o país, para as empresas e para o prémio também. Há aqui uma resiliência contaminante e positiva que nos faz hoje estar aqui.” No fim, levantou a ponta do véu: “A partir do próximo mês vamos oferecer na STV um espaço de 30 minutos semanais para as PME terem um acesso a um canal de exposição dos seus produtos e serviços. Vamos lançar o MozGrow, um projecto que vai mostrar o processo de produção agrícola até o produto chegar à prateleira. É uma iniciativa que visa promover o agro-negócio na sua cadeia de valor completa.”
Coube ao Ministro da Indústria e Comércio, encerrar as intervenções. Ragendra de Sousa começou por afirmar que o concurso ‘100 Melhores PME’ já era uma instituição no país. E completou: “Digo isto porque no grupo de organizadores temos um das finanças, que é o BCI, que precisa de clientes. Na mesma situação temos o Grupo Soico, que precisa de clientes para continuar a crescer. Por outro lado temos o IPEME, que é uma instituição do Governo com vocação para formar sem qualquer interesse lucrativo.”
Maputo, aos 28 de Fevereiro de 2018