Teve lugar, na quarta-feira, 14 de Maio, no auditório do Edifício-Sede do BCI, o lançamento do mais recente romance do escritor e poeta moçambicano Hélder Muteia, intitulado O Código das Serpentes. A cerimónia reuniu colegas, amigos, amantes da literatura, familiares e outras personalidades, num momento que celebrou, de forma intensa, a produção literária nacional.

Na ocasião, o Administrador do BCI, Luís Aguiar, deu as boas-vindas, destacando o compromisso contínuo do BCI com a promoção da cultura e o apoio à literatura moçambicana. Sublinhou ainda que, ao lado de iniciativas nas áreas da educação, inclusão social, saúde, ambiente e cidadania, a cultura ocupa um lugar central na estratégia de impacto social do BCI. “Queremos, com este trabalho, consolidar a nossa vocação: sermos mais do que um banco e sermos reconhecidos como uma instituição que eleva o padrão da satisfação e autoestima dos moçambicanos, criando valor”, afirmou.

António Barros, que apresentou a obra, destacou a profundidade do romance. “Desde as primeiras linhas, o autor propõe-se a estimular os leitores, a acompanhá-los no mergulho num mundo distinto, paradigmático e pouco explorado”, afirmou, sublinhando que as interacções entre as personagens desafiam o leitor a confrontar os seus próprios horizontes, crenças e emoções.

Já o autor, Hélder Muteia, elogiou a visão cultural do BCI e confessou que a obra resulta de anos de investigação sobre uma realidade profunda, muitas vezes ignorada, mas presente no subconsciente colectivo. “Todos nós, sem querer, sabemos conviver com ela”, observou.
A cerimónia contou ainda com a intervenção emotiva da conceituada actriz moçambicana Lucrécia Paco, que deu voz e expressão a excertos da obra, transportando os presentes para o universo denso e simbólico do romance.