Macaúze expõe “Espelhos dos Mistérios” no BCI
Está patente, no Auditório do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), em Maputo, a exposição de arte intitulada “Espelhos dos Mistérios”, do artista plástico moçambicano Palmeirim Macaúze.
A mostra é composta por 25 obras criadas com técnicas diversificadas, como óleo sobre tela, óleo sobre vidro e óleo sobre cerâmica. Através do seu trabalho, o artista “chama-nos a uma reflexão sobre os mistérios da vida e o poder da natureza”, conforme referiu a Directora das Mediatecas do BCI, Carla Mamade, durante a cerimónia de abertura.
“É sempre com renovado prazer que o BCI apoia artistas jovens, abrindo-lhes novos horizontes, e os mais consagrados, como o Macaúze que, com a sua larga experiência, contribuem para o fortalecimento e enriquecimento da cultura moçambicana”, destacou Mamade.
Acrescentou ainda que, “ao acolhermos esta exposição, queremos reiterar que, além de ser uma instituição financeira, o BCI, no âmbito da sua responsabilidade social, está presente em diversas frentes, apoiando, para além da cultura, sectores fundamentais da vida do país”.
O representante do artista, Armando Cumbe, destacou que Palmeirim Macaúze dialoga com a natureza através das tintas e espátulas, criando obras que funcionam como um espelho da beleza que nos rodeia, e realçou a notável evolução do artista, que passou de um paisagista de precisão quase fotográfica, onde o mar era um mero espectador, para transformar a tela num palco de revelações, tornando-se agora o eco de um grito ensurdecedor contra a indiferença.
Palmerim de Jesus Macaúze, nascido em 1961, tem um percurso marcado pela consistência e pela evolução. Realizou a sua primeira exposição em 1986, consolidando a sua presença no cenário artístico com uma terceira mostra já em 1989. Em 1999, expandiu os seus horizontes através de um intercâmbio na África do Sul, onde divulgou o seu trabalho. Após um período de recolhimento criativo, Macaúze regressou em força em 2024 com a exposição “Certezas Utópicas”, apresentada no átrio do BCI. Esta mostra constituiu um ponto de viragem, abrindo-lhe portas para outras participações.
A exposição está aberta ao público, até ao dia 13 de Dezembro, com entrada livre.