Mário Forjaz Secca expõe “Porto de Pesca” no auditório do BCI

Está patente até ao dia 1 de Abril, e com entrada livre, no Auditório do BCI, a mostra fotográfica intitulada “Porto de Pesca”, do poeta e fotógrafo moçambicano Mário Forjaz Secca. A cerimónia de abertura teve lugar na quarta-feira (15) e contou com a presença de membros da classe artística, amantes de arte, colaboradores do Banco e convidados.
Composta por pouco mais de vinte obras, a exposição é a forma como o autor presta tributo à cidade de Maputo, inspirado pelos desenhos da artista moçambicana de origem italiana Dana Michahelles Meirelles. “Esta terra é fantástica. Estou aqui a cruzar áreas artísticas no meu caso a poesia e a fotografia, mais alicerçada em antecedentes fortes em Moçambique” – disse Forjaz Secca, salientando que sempre gostou de “viver no limite, na borda, no fio da navalha. Nunca pertenci nem a um lado nem ao outro, e uma cidade na costa, como Maputo, marca o limite entre a terra e o mar”. Sobre os pescadores, em destaque nas imagens ali expostas, Forjaz salientou que “vivem nos dois mundos. Diariamente cruzam o limite, nas suas naves hiperdimensionais quase galácticas a que chamamos barcos. E esse portal, para a outra dimensão, está localizado no Porto, o ponto de passagem da terra para o mar e o de retorno do mar para a terra”.
Para o administrador do BCI, Luís Aguiar, nesta exposição, o autor retrata, de forma poética, um lugar especial, através do qual homenageia a cidade de Maputo. Num outro desenvolvimento, referiu “o posicionamento inequívoco do BCI no apoio à cultura, no contexto da política de responsabilidade social que tem vindo a desenvolver, materializada pelo apoio à comunidade e no contributo para o bem comum, actividades que consideramos centrais para a afirmação da identidade do Banco”. Entre as actividades, destacou o apoio à inclusão social, à educação, à saúde, ao meio ambiente e à sustentabilidade. E rematou: “pretendemos consolidar esta vocação, tanto mais que responde à identidade e ao posicionamento do BCI, não apenas enquanto entidade prestadora de serviços financeiros a operar no mercado, mas também como instituição de referência na defesa dos ideais que permitam criar riqueza, mas sobretudo elevar o padrão de satisfação e de autoestima dos cidadãos”.
“Gostei de contigo conhecer mais sobre o porto, as cores, a vida, o dia-a-dia do Porto de Maputo” – disse, por seu turno, a conceituada fotógrafa moçambicana Yassmin Forte, curadora da exposição. E acrescentou: “agradeço a todos por estarem aqui. Descubram o porto de Maputo, pelo mar, pelas fotos do Mário”.
Refira-se que Mário Forjaz Secca nasceu em 1957, em Moçambique, numa família e num meio muito ligados às artes. Aqui viveu até aos 17 anos, onde aprendeu a sonhar e foi contaminado pela poesia e pela imagem. Começou a dedicar-se à fotografia no final do liceu. De seguida foi para a Inglaterra estudar Física, passando grande parte desse tempo imerso a ler, a escrever poesia e a fotografar.