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Mudanças Climáticas e o apelo à contribuição de todos

“Moçambique é o quarto país mais vulnerável em relação às mudanças climáticas em todo o continente africano”, afirmou na última quinta-feira, dia 20, em Maputo, a directora nacional do Ambiente, Guilhermina Amurane, falando no debate que reuniu, em Maputo, especialistas, dirigentes, estudantes e alunos, num debate sobre “Efeitos das Mudanças Climáticas na Zona Costeira de Moçambique”. Amurane avançou que o país possui uma linha de costa que se estende por aproximadamente 3000 Km de comprimento, o que faz de Moçambique o país com a linha de costa mais longa depois de Madagáscar, Somália e África do Sul, facto que o torna mais vulnerável.

Indicou como aspecto importante que “dois terços da população de Moçambique vive nas zonas costeiras e por conseguinte esta é a parcela do país onde se encontra localizada a maior parte das infra-estruturas económicas e sociais do país, facto que exige de nós a adopção de medidas apropriadas e eficazes para tornar estas infra-estruturas resilientes ao impacto devastador dos eventos extremos como, por exemplo, as depressões tropicais IDAI e Kenneth, que afectaram as províncias do centro e norte do país, com uma onda de destruição jamais vista”.

Frisou ainda que, a par de todo o esforço do governo para garantir a preservação dos ecossistemas costeiros, entre os quais as florestas de mangal e os recifes de corais, “a estratégia de gestão integrada da zona costeira surge como uma resposta adequada aos desafios que, por um lado, as mudanças climáticas nos impõem e, por ouro lado, a dinâmica típica do ambiente costeiro, caracterizada pelo facto de que os impactos adversos das actividades humanas, que ocorrem a montante dos rios e no mar alto, vêm todos terminar no litoral com repercussões directas e nefastas sobre o ambiente costeiro, para além do facto de que os diversos interesses económicos e sociais do país convergem todos para a zona costeira”. E rematou: “hoje, mais do que nunca, somos todos chamados a contribuir para que o aumento da temperatura seja inferior a dois graus Celsius das temperaturas médias actuais, para a conservação e o uso sustentável das zonas costeiras e dos recursos a elas associados”.

Na qualidade de anfitrião do evento, o representante do BCI, Emílio Fernando, referiu que sendo uma causa de relevância para a sociedade, “o BCI tem, no âmbito da sua política de Responsabilidade Social, apoiado diversas acções de defesa do Ambiente, nomeadamente a ‘Operação Caco’, de recolha de resíduos sólidos nas praias e nos bairros periféricos das grandes cidades; parcerias com o Parque Nacional da Gorongosa; conferências científicas que têm por tema a biodiversidade; a iniciativa ‘Hora do Planeta’, entre outras”. Indicou, como sendo relevante, o facto de “o BCI ter sido o primeiro e único banco do país a lançar um Cartão de Débito Bio, totalmente fabricado em material biodegradável, revelando uma preocupação em reduzir um dos elementos mais nocivos ao planeta: o plástico”.

Recorde-se que o debate decorreu no Auditório do Edifício-Sede do BCI, e foi organizado pela Moz-Mundo Cultural – Agência de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento Cultural e Social.

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