“Vozes pela Saúde” premeia vencedores da 1ª edição

Foram conhecidos na segunda-feira, 5 de agosto, os vencedores do concurso “Vozes pela Saúde”, uma iniciativa da Empodera Moçambique e do Ministério da Saúde (MISAU). A cantora Mingas recebeu o Grande Prémio (Prémio Saúde) e o primeiro prémio da categoria “Música sobre Saúde Materno Infantil”, no valor de 75 e 45 mil meticais, respectivamente.
Na categoria HIV/Sida, com a músiva “HIV”, Mr. Bow ficou com o primeiro prémio; e o 2º foi para o tema “Awulongui” de Benilde Muhate.
Luizinho Marrengula foi o único premiado na categoria Tuberculose, com a música “Tuberculose”; e Pinto Baltazar ficou em segundo lugar, com o tema “A educação sexual”, na categoria “Saúde Materno Infantil”.
Com o tema “Evite a Malária”, Sebastião Damas ganhou o primeiro prémio, e Dick Niggaz, com a música “Malária Mata”, foi o 2º classificado.
Na qualidade de anfitrião do evento, Luís Aguiar, Administrador do BCI, reiterou o apoio do BCI “cuja missão é, para além do negócio que desenvolvemos todos os dias, de contribuir activamente para o desenvolvimento económico e social de Moçambique”.
A directora de programas da Empodera, Eunice Matavele, referiu que esta iniciativa tem em vista incentivar os músicos moçambicanos a produzirem composições musicais com mensagens de prevenção de doenças, e de engajamento dos cidadãos, na luta contra práticas mais prejudiciais à saúde individual e colectiva.
Já a ministra da Saúde, Nazira Abdula, saudou os músicos pelo seu envolvimento, salientando que “o vossos esforço de, através da arte, contribuírem para um Moçambique cada vez mais saudável, vem honrar os sacrifícios de todos os profissionais de saúde que promovem assistência sanitária às nossas populações, mesmo diante de adversidades”. A ministra anunciou que “Moçambique entrou na transição demográfica que está sendo acompanhada de mudança de perfil de doenças, que é a transição epidemiológica. O número de pessoas que sofrem de doenças não transmissíveis está a aumentar, causando morte prematura a muitos moçambicanos”. Encorajou as acções desenvolvidas por organizações parceiras, no sentido de prover às populações informação que lhes permita adoptar hábitos saudáveis, conduzindo, deste modo, a um diagnóstico atempado, em caso de qualquer enfermidade: “como é sabido, o diagnóstico tardio, motivado, em muitas situações, pela falta de informação que permita ao cidadão detectar os sintomas iniciais de uma determinada doença é a causa do nosso insucesso, muitas vezes, na cura de alguns doentes”. A finalizar, Abdula disse esperar que nas próximas edições do Concurso haja mais categorias. “Para além das doenças transmissíveis e não transmissíveis preocupa-nos por exemplo a venda ilícita de medicamentos; a posse irresponsável de animais por parte de algumas famílias. Animais não vacinados são um grande perigo para a nossa saúde. Quero acreditar que se cada um de nós estivesse suficientemente informado sobre os efeitos da raiva não poderia permitir que o seu vizinho tivesse um cão ou um gato que não estejam vacinados”.