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Promovido uso da moeda chinesa em Moçambique

Uma delegação conjunta, constituída pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), o Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau e o Banco da China, deslocou-se ao nosso país na semana passada tendo como objectivo a promoção do uso da moeda chinesa, o Renminbi (RMB), nas trocas comerciais entre a China e Moçambique.

Um dos encontros decorreu na sede do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), em Maputo, e nele trocou-se impressões sobre as oportunidades de negócio das empresas privadas chinesas em Moçambique. “Viemos aqui promover a utilização do RBM como moeda preferencial nas trocas comerciais entre os dois países”, referiu Sam Tou, director executivo do BNU de Macau, instituição financeira que pertence à Caixa Geral de Depósitos (CGD), banco português que detém a maioria do capital do BCI. E acrescentou: “O RMB está em franco crescimento e progressivamente mais forte. Queremos que o sector privado comece a utilizar o RMB como moeda preferencial.” Refira-se que a relação entre os dois países, sobretudo a nível económico, tem conhecido um grande incremento nos últimos anos, de tal forma que este país asiático ocupa o primeiro lugar do ranking no que diz respeito ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Moçambique.

Efectivamente, empresas chinesas têm financiado e executado grandes obras estruturantes no país, como a construção de estradas, pontes, barragens. Têm igualmente efectuado fortes investimentos na indústria extractiva, em projectos agrários, bem como nos transportes e comunicações.

O BCI, em 2015, foi o primeiro banco moçambicano a oferecer aos importadores e/ou exportadores nacionais a possibilidade de realizarem as suas transacções de comércio internacional RMB. Este facto veio facilitar muito as trocas comerciais entre os dois países. Estas Soluções, cujos beneficiários são todas as Empresas Exportadoras operando em Moçambique, oferecem as melhores condições aos exportadores nacionais através, entre outras acções, de uma redução significativa do preçário das Ordens de Pagamento Recebidas do Exterior, dos Créditos Documentários de Exportação e Remessas Documentárias de Exportação. De 2016 até hoje, foram efectuadas, via BCI, mais de 200 operações de apoio à exportação/ importação entre a China e Moçambique, totalizando um volume superior a 310 milhões de meticais.

Recorde-se que nesse ano de 2015, o BCI estabeleceu um protocolo com o BNU Macau, com representação na China e Macau, potenciando o acordo já celebrado entre o Grupo CGD e o Banco da China, para o fomento dos negócios e transacções entre a China e Moçambique. Estes Protocolos reforçam o potencial de cooperação entre agentes económicos nacionais e chineses, oferecendo mais vantagens competitivas às empresas moçambicanas e colocando simultaneamente à sua disposição o acesso a um canal facilitador para aquela geografia, por via do BNU, banco este que se assume como um plataforma de entrada da China no mercado da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

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