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“Bula Bula sobre Arte Daqui” junta artistas e professores no auditório do BCI

O BCI lançou, na quarta-feira (4), no auditório do edifício sede, a primeira edição do ‘Bula Bula sobre Arte Daqui’, um evento que visa promover debate e intercâmbio artístico, num formato em que fazedores, professores, pesquisadores, estudantes, amantes da arte, entre outros, partilham conhecimentos e experiências, para o desenvolvimento cultural.

A poeta e artista plástica Sónia Sultuane, os professores e artistas Jorge Dias, Carmen Muianga e Walter Zand, que inauguraram a série de eventos, compartilharam saberes, tendo como pano de fundo a arte, na sua relação com a infância, a cidadania e a formação, num evento que durou cerca de duas horas.

O Administrador do BCI, Luís Aguiar, augurou, no acto de abertura, o melhor para o programa, como espaço de discussão do panorama das artes daqui, tendo afirmado ser “incontornável dar uma nota daquilo que tem sido o percurso, nestes 28 anos, do Banco no apoio às artes e à cultura”.

Os painelistas foram unânimes em referir o contributo da arte no processo de desenvolvimento. “A Arte deve estar em tudo” disse Jorge Dias. Falava da formação artística. Particularizou a contribuição da Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV). “O trabalho feito na instituição tem grande valor, não só estético, mas também na formação para a cidadania. Por isso o papel da escola, de mãos dadas com o BCI é muito importante neste processo”.

Para Sónia Sultuane, “é muito importante que os pais deixem os seus filhos sonharem”. E acrescentou: “até nós, os adultos, não nascemos a saber tudo. Há uma necessidade de introduzir as crianças nos museus, nas galerias, na leitura, na fotografia. Não se pode exigir, amanhã, de um adulto aquilo que ele nunca aprendeu quando criança”.

Carmen Muianga, que descobriu os seus dotes na infância, falou dos incentivos, recordando o intercâmbio entre o BCI e a ENAV que, segundo afirmou, constitui um momento muito especial para os alunos. “A semana antes da exposição, no fim do ano, acaba sendo um momento de festa, devido a este apoio. E é muito importante também para os jovens, para os estudantes, para as pessoas que estão na fase inicial”. No mesmo diapasão, alinhou Walter Zand, para quem “o apoio é fundamental sobretudo para os jovens acreditarem que é possível”. Recuando no tempo, disse: “não me quero imaginar nos meus 16, 17 anos, se não tivesse participado na exposição anual do BCI. Teria estudado sim, mas talvez não tivesse tido aquela motivação que tive”. E rematou: “instituições que nos dão apoio têm um papel essencial, porque entre outras coisas, nos dão alento”.

O programa contou ainda com a actuação do músico moçambicano Kaembe e da promissora menina Mayra Tembe (13 anos), para além da participação de alunos da escola Primária e Secundária SOS Hermann Gmeiner, acompanhadas por professores.

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